Por: Paulo Fabrício*
”Como
cultivar hábitos que nos aproximam de Deus e aperfeiçoam o nosso caráter.”
Uma pessoa disciplinada, é aquela capaz de
fazer a coisa certa, no momento certo, do jeito certo e com a motivação certa,
para alcançar objetivos certos.
O que
significa DISCIPLINA?
O Dicionário Michaelis, de língua portuguesa,
define a palavra assim:
dis.ci.pli.na – s. f. 1-Conjunto das
obrigações que regem a vida em certas corporações, em assembléias etc. 2-
Submissão a uma regra, aceitação de certas restrições.
A palavra disciplina e a palavra discípulo vem
da mesma raiz. É impossível ser um discípulo sem ter disciplina. Como cristãos,
muitas vezes ignoramos a necessidade de exercitar as disciplinas espirituais.
Oração, Meditação, Estudo da Palavra, Jejum, entre outras devem ser
desenvolvidas cada dia
Os benefícios das disciplinas espirituais
Por que devemos ter uma vida espiritual
disciplinada?
O apóstolo Paulo compara a vida cristã a uma
competição de atletismo. Em 1Coríntios 9.24-27, Paulo compara o cristão a um
atleta, dizendo que: assim como um atleta precisa treinar rigorosamente durante
muito tempo para que consiga obter uma boa colocação nas Olimpíadas, um cristão
precisa disciplinar-se para viver como Jesus Cristo viveu.
Amar nossos inimigos, refrearmos nossos
pensamentos pecaminosos, orar pelos que nos amaldiçoam, falarmos sempre a
verdade, mantermos a paz em meio às necessidades materiais, cultivarmos a
alegria quando estamos doentes ou desempregados, e tantas outras exigências da
vida cristã requer exercício. Se não nos exercitarmos diariamente nas
disciplinas espirituais, não teremos força suficiente para superarmos esses
desafios do cotidiano.
É bom
lembrarmos também que:
a) o judaísmo era marcado por disciplinas;
b) Jesus e os discípulos praticavam
disciplinas espirituais;
c) em toda a História da Igreja, cristãos
sinceros também cultivavam as disciplinas.
Por que temos aversão à disciplina?
Infelizmente os cristãos modernos sentem
aversão até mesmo à palavra disciplina. Nos lembramos dos monges da Idade
Média, enclausurados em celas, isolados do mundo; visualizamos os católicos se
penitenciando por algum pecado e recitando suas rezas; assistimos aos
muçulmanos que se auto-flagelam e chegam a cometer suicídio religioso; e pensamos
em evangélicos fanáticos que praticam disciplinas espirituais (jejuns, orações,
vigílias, etc.), buscando obter a salvação ou o perdão dos pecados, através
delas.
Disciplinas espirituais
Inúmeras disciplinas poderiam ser mencionadas
em nossa aula. Cristãos do mundo todo já praticaram incontáveis disciplinas
espirituais, que contribuíram muito para o seu enriquecimento espiritual e para
o progresso do Reino de Deus. Atividades como: fazer vigílias, manter um diário
espiritual, separar um dia da semana para estar a sós com Deus, fazer visitas a
bairros pobres, hospitais ou asilos, ler bons livros cristãos, sacrificar algo,
etc. Disciplinas como essas podem contribuir muito para o crescimento
espiritual de quem as pratica regularmente. Vamos estudas as seis disciplinas
espirituais que mais se destacaram ao longo dos séculos entre os cristãos:
1. Oração:
A oração é prática indispensável para aqueles
que desejam viver em comunhão com Deus. É impossível ter comunhão com quem não
nos relacionamentos. Do mesmo modo, é impossível ter comunhão com Deus se não
orarmos regularmente.
Leia os textos: Mt 6.6, 6.11, 14.23 e 26.36;
Lc 18.1-8 e 22.40; At 1.14 e 2.42; 1Ts 5.17; Tg 5.17.
2. Leitura
Bíblica:
A Bíblia tem um papel vital na vida cristã.
Ela é a revelação clara de Deus para os seus filhos. A Palavra de Deus contém
orientações claras de como devemos viver, nos relacionar com Deus, reagirmos às
tribulações da vida e resistirmos ao mal (o Salmo 119 exalta a relevância da
Palavra de Deus).
Leia os textos: Jo 8.31,32 e 15.3; Rm 10.17;
Ef 5.26; 1Tm 4.5; 1Pe 1.23.
3. Jejum:
Uma das práticas mais negligenciadas pelos
cristãos modernos é a disciplina do jejum. Não conseguimos enxergar propósito
em nos abster do alimento diário, para dedicarmos um tempo especial a Deus e à
Sua Palavra. Mas a verdade é que a prática do jejum pode ser de importância
fundamental para o nosso crescimento espiritual, pois através do jejum
ordenamos nossas prioridades, considerando as necessidades espirituais acima
das físicas.
Leia os textos: Mt 6.16,17 e 17.21; At 13.3.
4. Intimidade
com Deus - Separar tempo com Deus :
Jesus era alguém que regularmente buscava a
Intimidade com o PAI. Inúmeras passagens dos Evangelhos demonstram Sua
necessidade de separar um tempo especial para ficar a sós com o Pai. A
Separação (intimidade) é de vital importância para aqueles que querem:
considerar seriamente alguma questão fundamental da sua vida, avaliar seu
próprio caráter e conduta, ouvir uma orientação específica de Deus, resolver um
conflito interpessoal, ser curado emocionalmente, etc.
Leia os textos: Mt 14.23 e 26.36; Mc 6.46; Lc
6.12; 1Co 11.28.
5. Comunhão:
Não fomos salvos para vivermos em solidão. Por
isso Deus nos reuniu como igreja. Deus não nos salvou e nos mandou para nossas
casas, mas inseriu-nos em um corpo – a igreja de Cristo. A comunhão com os
outros membros do corpo é responsável pelo crescimento pessoal e edificação
espiritual daqueles que foram salvos por Cristo. Os “mandamentos de
mutualidade”, por exemplo, dão demonstrações da relevância e dos benefícios da
comunhão.
Leia os textos: Rm 12.10 e 15.14; Cl 3.16; 1Ts
4.18 e 5.11; Hb 3.13 e 10.24,25; Tg 5.16.
6. Serviço
cristão:
Fomos chamados para servir. E uma das
ferramentas mais eficazes para a transformação do nosso caráter é o serviço
cristão. Quando servimos é que somos mais parecidos com Jesus Cristo – aquele
que veio para servir. Jesus disse que o serviço ao próximo é uma das marcas
daqueles que são realmente seus discípulos.
Leia os textos: Mt 20.28 e 25.34-40; Jo
13.12-15; Gl 5.13
Fonte: Pastor Paulo Fabrício
Acabei de ler e gostei muito. Também sou um jovem Pastor. Essas disciplinas são vitais para nós, principalmente em nossos dias. Foi o que Jesus nos ensinou nos Evangelhos. Parabéns!
ResponderExcluirAcabei de ler e gostei muito. Precisamos disso a todo tempo... o tempo todo!
ResponderExcluir